No sábado 6 de fevereiro realizou-se este evento, pela primeira vez a distância, utilizando uma plataforma amavelmente cedida pelo Secretariado Diocesano de Educação Cristã, envolvendo perto de uma centena de participantes. O tema abordado, em sintonia com o Plano Diocesano de Pastoral, foi “A preparação do Batismo com as famílias”.
Na sua intervenção inicial, D. Armando Domingues questionou sobre como dar voz e força ao compromisso batismal, enquadrando esta questão no problema mais geral de fazer dos sacramentos percursos de fé e não momentos ou, pior ainda, festas e prémios de bom desempenho. Insistiu na necessidade de que estes percursos sejam personalizados e, no caso do batismo das crianças, deles façam parte os pais como testemunhas missionárias, valorizando-se assim a igreja doméstica como protagonista da vivência e da transmissão da fé. Recordou a sinodalidade como caraterística performativa e constitutiva da Igreja, contextualizando-a no episódio de Emaús – Cristo, Palavra presente e transformadora – e nas palavras de Pedro “O Espírito Santo e nós decidimos…”. Por último, avançou algumas propostas em relação à pastoral batismal, apoiada numa rede alargada de “ministros da pastoral familiar” com formação em teologia dos sacramentos, nas orientações da Igreja e na capacidade de escuta das situações delicadas. Esta pastoral terá de ser desenvolvida em percursos de iniciação à fé que acompanhem a vida das crianças e famílias antes do Batismo, no tempo que medeia entre este e o início da catequese e no decurso desta, percursos que envolvam e mobilizem os pais e façam deles também novos agentes de pastoral familiar.
A vigararia de Castelo de Paiva / Penafiel, através do casal responsável pela equipa vicarial da pastoral familiar, Lurdes e Fernando, e do assessor Pe. Paulo Jorge, apresentou o percurso de quase dois anos que sonhou e concretizou a nova proposta vicarial de preparação do Batismo com as famílias. Este modelo será agora posto em prática; os documentos de suporte estão disponíveis no site do SDPF. Realçaram a importância dum bom acolhimento às famílias que pedem o Batismo para os seus filhos e do acompanhamento antes e depois da celebração, através de casais de cada paróquia que assim fazem caminho de fé com as famílias.
Na mesma linha, o casal Cecília e José, da equipa de pastoral batismal de Ermesinde, apresentou o trabalho que a paróquia desenvolve e os materiais que o apoiam. De realçar a boa prática de convidar os pais a apresentarem-se publicamente, bem como aos neófitos, na celebração batismal, fazendo com que se sintam integrados na e pela comunidade.
O casal Mónica e José, de Pedroso, transmitiram um pouco do seu percurso de fé e da forma como vivem e transmitem essa mesma fé aos três filhos. Referiram a importância da oração em família, da celebração do Batismo com participação ativa dos familiares e convidados, da escolha de padrinhos comprometidos em colaborar na educação cristã dos afilhados e o valor que os filhos dão à celebração do dia do seu Batismo e ao esforço de que “esta luz pequenina, vou deixá-la brilhar”.
Por fim, o casal Fátima e Serafim evocou as diferentes experiências familiares sobre o Batismo, desde a forma como o viviam os seus avós e pais até à sua e dos seus filhos e netos. Do testemunho deste casal transpareceu a importância da família como escola de vida cristã, em que a vivência diária da fé traduzida em obras contagia e vai criando, geração a geração, o desejo e a necessidade de viver com Deus e de O transmitir.
O encontro concluiu com um tempo de clarificação de algumas dúvidas suscitadas e de partilha de outras experiências, em diálogo esclarecedor e motivador.